CLÁUDIA RAIA | SETEMBRO, 1985

Atualizado: 25 de jan de 2023

Ela mostra aqui todos os mistérios da Ninon da novela Roque Santeiro

FOTOS J.R. DURAN

Era demais para uma cidadezinha como Asa Branca, às voltas com o seu mito e o seu santo: um trio de mulheres bonitas, agitando as noites da boate Sexus, num show erótico de abalar a fé de qualquer romeiro. Entre elas, o frescor de Ninon, a primeira criação de Cláudia Raia em novelas. Um começo de muito sucesso. Em Roque Santeiro, mesmo com a boate fechada, Ninon continuou encantando a todos — do poderoso Sinhozinho Malta ao mais piedoso fiel. E isso é só o começo: até um lobisomem cairá de amores por ela. Compreensivelmente.

Para mostrar seus muitos encantos, Cláudia quis como cenário as dunas da belíssima Praia de Genipabu, no Rio Grande do Norte, e um clima de mistério com toques orientais. Nada mal para esta bailarina clássica, descendente de gregos, que aos 18 anos já conquistou o Brasil como a Ciça, ao lado de Jô Soares, no quadro "Vamos Malhar?" de Viva o Gordo! Antes, quando fazia a Sheila, revelação do musical A Choros Line, ela brilhou em PLAYBOY (março de 84) quando era mais conhecida como: Maria Cláudia.

Quando Cláudia, uma paulista de Campinas, estreou, no Rio, a peça Baby Sitter, Jô Soares foi conclusivo: "De vinte em vinte anos aparece uma pessoa que sabe falar, cantar, dançar — enfim, um pouco de tudo. Às vezes essa pessoa também é linda e transmite uma alegria e simplicidade imensas. Esta pessoa é o que eu chamo de anjo, e é exatamente o que se passa com Cláudia Raia, Ela veio para ficar".

Para manter toda essa forma, Cláudia Raia diz não ter receitas: "Meu único exercício é a dança. Aliás, sou antes de tudo uma bailarina". Receita de homem também ela não tem: "Mas prefiro os maduros, porque são atenciosos, mandam flores, abrem porta de carro. E eu adoro essas gentilezas. Sou romântica: garotão de moto, para mim, não existe".

COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO DULCE PICKERSGILL PRODUÇÃO KIKI ROMERO CABELOS SILVINHO MAQUIAGEM VALDIR MOTA

Publicado em setembro de 1985, ed. 122. Editora Abril, São Paulo - SP.

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