top of page

CRISTIANA DE OLIVEIRA

Perfil




A bela e a fera, juntas


Entre a Cristiana de Oliveira que desvendou o Pantanal e a que circula entre o Rio e São Paulo há muitos pontos em comum: sua graça, brilho e talento continuam encantando


Por Mara Caballero


A Juma — a que virava ouça — atravessou as fronteiras do seu Pantanal e virou mito Brasil afora. A atriz Cristiana de Oliveira seguiu a mesma trilha. Cruzou os limites do seu Rio de Janeiro e virou estrela em todo o país. As duas estão felizes, cada uma em seu canto. Enquanto seu personagem pode — pois o mito não acabou com o fim da novela — percorrer a cavalo as terras que fizeram frutificar sua sedução. Crica (o apelido de Cristiana) não deixa de lançar sua exuberância pelas quatro quadras que cercam a casa onde nasceu, em Ipanema. É verdade que há alguns anos ela já não mora na casa branca de dois andares da rua Joana Angélica, no centro de Ipanema. Saiu para casar e hoje vive no Hotel Intercontinental. em Copacabana. Mas é ainda no coração de Ipanema que Cristiana tem suas referencias geográficas mais fortes. Crica é hoje uma belíssima instituição do bairro. com aquele seu jeito de garota: tênis, camiseta, jeans, cabelos compridos, quase nenhuma jóia. Foi criada numa casa com jeito de família de antigamente: ela, a caçula de nove irmãos. Foi infância bem vivida, a pracinha em frente. o colégio Notre Dame a menos de uma quadra de casa. Cristiana já foi até skatista, mas isso aconteceu há muitos anos, na década de 70. Na Nascimento Silva, uma rua do bairro com árvores formando um túnel romântico, viveu suas paixões de adolescente. Namorava-se muito naquela rua escurinha. "Sinto uma certa nostalgia quando passo por ali", confessa. Outra lembrança de Ipanema é um misto de prazer e desespero: a Chaika, confeitaria também a uma quadra de sua casa, paraíso dos sorvetes. O amor e ódio se explicam porque, aos 16 anos, Cristiana pesava 30 quilos a mais do que agora.


FICOU AMIGA DA BILHETEIRA E ENTRAVA DE GRAÇA NO TEATRO

Os tempos de obesidade foram ficando para trás, Crica foi crescendo e andou apenas mais uma quadra para chegar a outra etapa de sua vida. O Teatro Ipanema. Ali, ensaiou seus primeiros passos profissionais como divulgadora teatral. Adorava tietar e fez uma boa amizade com a moça da bilheteria. Resultado: ia lá quase todo dia, entrada franca, apaixonada vez por outra por algum ator. Quando a tiete virou tietada, caminhou mais uma quadra para ver sua beleza ainda mais esplendorosa no reflexo do espelho: Crica freqüenta o sofisticado templo da moda, o Fórum de Ipanema. "Conheço todo mundo lá." É ali que apara agora seus cabelos, com Caetano Gusmão, do Studio Forum: "Sou fidelíssima a ele".


Cristiana trabalhou como modelo, casou cedo com o fotógrafo André Wanderley, teve uma filha (Rafada, de 3 anos) e, depois, veio a novela que fez seu nome cintilar. Hoje, no Rio, sai pouco. Às vezes, janta no Toque Final e foi duas vezes ao restaurante do hotel Ouro Verde, também pertinho do hotel de Copacabana onde mora desde que se separou. É nesse hotel, o Intercontinental Rio, que prefere comer algo leve antes de dormir: "Eu ligo para a copa e eles já sabem o sanduíche que quero, o Princesa, croissant com salpicão de galinha e batata palha. E uma diet Coke". Quando quer relaxar entrega-se às massagens de Roberto Samico, do salão de beleza Doce Beauté, no Leblon.


Em São Paulo, hospeda-se na suíte do Ibirapuera Park Hotel, com espaço suficiente para Rafaela, que às vezes acompanha a mãe nas viagens. Depois de se separar, Crica começou um romance com Rafael, 17 anos, do conjunto musical Polegar, uma espécie de Menudo que canta e toca de verdade e outra criação do apresentador e empresário Gugu Liberato. O início do namoro era secreto e os dois habituaram-se a ficar na casa dele, no bairro de Campo Belo, ouvindo música (de Jon Bon Jovi a música clássica) ou vendo vídeo.



"Adoro vestidos em estilo tubo, pretos. Tenho vários, todos pretos."


Para almoçar — geralmente a negócios —, ela vai ao Degas, o restaurante do MASP, The Place, Esplanada Grill ou Spazio Pirandello, onde não dispensa o Isadora Duncan, peito de frango à milanesa recheado de queijo roquefort. Aproveita o tempo em São Paulo para comprar alguma roupa de noite no Reinaldo Lourenço. No Rio, compra na Maria Bonita e Georges Hemi. "Adoro vestidos em estilo tubo, pretos. Tenho vários." Mas no dia-a-dia usa mesmo camisetas da Fiorucci, jeans da Ellus, tênis ou botas tipo western. Justamente as botas que colocou recentemente num programa que considera inesquecível: foi ao Jardim Zoológico com a filha Rafaela, num dia de semana. Era muito longe da tapera, a casa de palha de Juma, mas a ingenuidade da filha, a natureza em volta e a alegria dos bichos fizeram com que Cristiana e sua personagem se encontrassem novamente.


FOTOS PAULO VAINER


811 visualizações0 comentário

Opmerkingen


bottom of page