IVI PIZZOTT | MAIO, 2015

Quando o Domingão do Faustão estreou na Globo, em março de 1989, trouxe com ele um grupo de mulheres que animava não apenas a plateia a cada atração musical que se apresentava no palco, mas também atiçava o olhar dos telespectadores masculinos. Desde a pioneira, Márcia Rodrigues, que bailava na primeira abertura do programa, tivemos outras inesquecíveis mulheres que embelezaram as tardes de domingo e logo estampariam as páginas da PLAYBOY, como Mirela Santos, Sabrina Sato, Aline Riscado e Juliana Alves.

O Domingão, além de ser um dos mais tradicionais programas dominicais do Brasil, também se tornou um celeiro de mulheres bonitas, de todos os perfis. A prova disso se deu, definitivamente, em 2013, durante a 9ª edição do quadro “Dança dos Famosos”, quando uma negra belíssima chamou a atenção ao fazer dupla com o ator Klebber Toledo. Seu nome? Ivi Pizzott. A pantera negra de sorriso encantador e corpo torneado mostrava a cada ritmo apresentado o seu gingado afrodisíaco.

Ivi faz parte de um grupo de lindas negras que se destacaram e continuam a se destacar no palco, e mostra toda a sua negritude bem brasileira, junto às outras colegas do Balé Domingão. A primeira a encantar o público foi Aline Barbosa, que já não faz parte do grupo. Hoje temos mais duas pérolas negras dançantes, além de Ivi Pizzott, são elas: Camila Lobo e Carol Agnelo. Após ter ficado em 3º lugar no Dança dos Famosos, a modelo niteroiense de 29 anos, formada em Ciências Contábeis e estudante de Artes Cênicas, ganhou maior destaque dentro do programa e aguçou a curiosidade do público masculino.

E assim, em uma seleção de belas negras, Ivi se tornou a 11ª mulher preta a estar na capa da PLAYBOY, em uma constelação que conta com Darine Stern (janeiro de 1979), Sônia (fevereiro de 1980), Isabel Fillardis (novembro de 1996), Rosiane Pinheiro (junho de 1998), Janaína Santos (outubro de 2002), Jéssica Maia (fevereiro de 2009), Juliana Alves (outubro de 2009), Jaqueline Farias (maio de 2011) e Aline Prado (fevereiro de 2014), sem esquecer, claro, Bárbara Garcia, uma das 11 Garotas da Copa que dividiram a capa em junho de 2002. São quase 40 anos de história e a nossa atual estrela chegou para desmistificar a ideia de que a mulher negra não vende revista e, com isso, mostrar toda a beleza e sensualidade dessas deusas de ébano, e honrar a sua negritude, seus cabelos cacheados ou crespos, sua pele bronzeada, quente, da cor do pecado.

O flerte entre PLAYBOY e sua estrela começou no final do ano passado, mas somente no início de 2015 foi concretizada essa união, com a assinatura do contrato. No início de abril, em plena viagem à Itália, comemorativa aos seus dez anos de casamento, Ivi foi informada que as fotos seriam produzidas em breve e recheariam a edição de maio. As fotos foram feitas na cidade de Brotas, interior de São Paulo e grande polo de ecoturismo, poucos dias após o retorno de sua viagem, e são assinadas por Marlos Bakker, fotógrafo responsável por outras capas como o clássico ensaio de Andressa Ribeiro, em janeiro de 2011.

Foram dois dias de cliques e Ivi, animada com o trabalho e segura de sua sensualidade, dispensou qualquer tipo de bebida para ficar mais à vontade com sua nudez. O ensaio tem a liberdade como tema e, em meio à natureza, a tigresa se viu realmente livre, como se a felina estivesse de volta ao seu habitat! A abertura do ensaio é um convite a se deliciar com cada foto apresentada e nela temos a modelo em cima do teto de um Jeep Troller 4x4, onde por sua expressão facial e corporal desafia, intima o leitor a folhear seu exemplar bem devagar, e faz passear seu olhar por cada centímetro do seu curvilíneo corpo.

Em cada foto, temos uma Ivi aventureira, em meio à mata selvagem, faz trilha, demarca aquele território que é seu. O passeio continua, ela fotografa o ambiente e as flores nativas, com um cantil mata a sede e refresca-se do calor, delicia-se com uma saborosa laranja, exibe-se na ponte pênsil sobre a Cachoeira Cassorova e logo mergulha em suas águas, sob a chuva torrencial que veio deslizar sobre as curvas da nossa Negra Gata.

Ivi seduz, diverte-se ao saber que, através das lentes do Marlos, mexeria com o imaginário de cada um que estivesse com a edição de maio em mãos. Até o Faustão ficaria calado diante de tanta sensualidade. Vimos uma estrela que fez um trabalho com paixão, segura de sua beleza: “Não tenho nenhum problema com a minha nudez, eu amo meu corpo.” Nós também amamos, Ivi!

Que venham mais capas como mulheres como Ivi Pizzott, sem restrições nem pudores, que se entreguem e deem o melhor de si. E se tiverem essa melanina que fascina, melhor ainda!

Resenha de autoria do leitor Julimar Paixão.