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PROIBIDA DO FUNK | ABRIL, 2001



Febre Funk

Vem, Proibida! Vem mexendo o popozão!


FOTOS VALÉRIO TRABANCO


No início dos anos 2000, na cola do sucesso de personagens como Feiticeira e Tiazinha, surgiu a Enfermeira do Funk. Na época, o ritmo também estava estourado no país, fazendo com que a morena misteriosa por trás da máscara cirúrgica repercutisse ainda mais. A curiosidade em torno da musa foi tão grande que ela chegou a estampar simultaneamente as capas das extintas PLAYBOY e VIP em abril de 2001. Intérprete da personagem, Ariane Latuf ainda se viu no meio de uma polêmica.



Às vésperas de ir às bancas, a juíza federal Tânia Regina Marangoni Zauhy, da 16ª Vara de Justiça Federal, havia proibido a circulação da revista PLAYBOY e da VIP que traziam a modelo na capa. A decisão da juíza citou uma ação do Conselho Regional de Enfermagem (COREN), alegando que a Enfermeira do Funk ofendia a categoria e que o número de casos de assédio sobre as enfermeiras teria aumentado depois que o personagem começou a aparecer na mídia. Segundo a direção da entidade, as fotos eróticas da Enfermeira do Funk nas revistas reforçariam esse comportamento sobre as profissionais da categoria. Mesmo com a decisão, informando que as revistas já tinham sido distribuídas, a VIP com a Enfermeira do Funk circulou normalmente pelas bancas.



Para garantir a circulação da revista, a capa da PLAYBOY, que saiu logo depois da VIP, precisou ser mudada às pressas. A Enfermeira virou a Proibida e a máscara e a touca , que eram brancas, foram substituídas por peças na cor rosa. As fotos do ensaio fotográfico interno da revista, assinadas por Valério Trabanco, não foram alteradas. Nelas Ariane não aparece vestida com a roupa de enfermeira. A então editora de redação, Cynthia de Almeida, afirmou que a decisão foi uma “censura prévia, um mecanismo que se choca com princípio consagrado pela Constituição de 1988” e que foi a primeira vez na história que a revista sofreu censura prévia em tempos de democracia.



A Enfermeira do Funk foi uma criação do ator Alexandre Frota, que tinha uma produtora de bailes funk. Em 14 de março, a juíza Tânia Zauhy concedeu uma outra liminar proibindo a exibição da Enfermeira do Funk em programas de TV e bailes, o nome da personagem também não poderia ser usado nas apresentações que Ane fazia ao redor do país, e, aos poucos, foi perdendo espaço e força na mídia, porém, nunca foi realmente esquecida. A personagem segue até hoje sendo lembrada principalmente pelos leitores de PLAYBOY.



EDIÇÃO ARIANI CARNEIRO COORDENAÇÃO MAINA HELENA FALAVIGNA

PRODUÇÃO LUCIANA DLEIZER PRODUÇÃO DE ARTE ZEE NUNES

PRODUÇÃO EXECUTIVA WANDERSON VIEIRA CABELO WALACE CARDOSO MAQUIAGEM LILI FERRAZ



"'Tá dodói?' A Enfermeira do Funk quer cuidar de você..." Com fundo amarelo e estrelas pretas que remetem ao carro da foto de abertura do ensaio, a capa censurada, que trazia a Enfermeira do Funk segurando uma seringa, só fui publicada em um poster (bem pequena e por um erro de edição — ou não) e logo se tornou um desejo de todos os leitores da revista.



4.550 visualizações1 comentário

1 comentario


leonardojoseraimundo
25 nov 2023

Ariane Latuf, a proibida do funk, foi excelente nas fotos. A melhor foto de Ariane foi a 21a., em que ela se ajoelha na cama totalmente nua. Eu amo a bunda feminina.

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