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ÍTALA NANDI | MARÇO, 1976



Uma atriz em luta permanente contra os preconceitos


FOTOS MIGUEL PARANHOS DO RIO BRANCO


Em 1967, uma entrevista de Ítala Nandi à revista Realidade, onde a atriz defendia uma nova atitude sexual para a mulher brasileira, por sua franqueza causou a apreensão da edição. Hoje, aos 31 anos, consagrada por um sólido currículo no palco e no cinema, Ítala reitera e aprofunda suas posições de dez anos atrás:


— A mulher ainda está muito presa a preconceitos sexuais, mas isso não é um problema só dela, é do homem também. Ambos sofrem pela falta de acesso a uma informação total, e pela estrutura paternalista da nossa sociedade. Aliás, a questão não é só de liberdade sexual. Trata-se de toda uma conjuntura sócio-político-econômica. Por isso, no Brasil, o movimento feminista deve estar ligado a uma série de outros movimentos reivindicatórios. Isolado, ele é inconseqüente. Quanto a mim, continuo uma mulher maldita porque fiz uma carreira muito rápida, graças à minha força de vontade, e porque sempre fiz aquilo que eu quis.



"Sei que sou maldita: sempre fiz aquilo que eu quis"

Gaúcha de Caxias, contadora formada, Ítala Nandi trabalhou em cartório e em banco antes de chegar ao teatro. No cinema, seu último filme exibido foi Guerra Conjugal, sob a direção de Joaquim Pedro.



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