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CISSA GUIMARÃES | AGOSTO, 1994


Direto do Túnel do Tempo!

A nudez inédita da mulher que quebra o coco e não arrebenta a sapucaia


FOTOS BOB WOLFENSON


Existem edições que são especiais pelas fotos memoráveis e outras pelas estrelas mais que desejadas. A edição de 19° aniversário da PLAYBOY Brasil se enquadra nesse último caso. O país ainda comemorava a conquista do tetracampeonato da Copa do Mundo, quando o Coelho surpreendeu a todos ao trazer na sua edição mais esperada, a então apresentadora e repórter do programa de variedades da Rede Globo, Vídeo Show: Cissa Guimarães.


Beatriz Gentil Pinheiro Guimarães nasceu no Rio de Janeiro, em 18 de abril de 1957. Sua carreira artística começou em 1977, em teatro, quando participou da peça Dor de Amor. Ela intercalou o ofício de atriz, com participação em novelas célebres como Direito de Amar e O Clone, com a apresentação de Vídeo Show, onde marcou época apresentando o clássico Túnel do Tempo, e foi justamente em uma das épocas mais célebres do programa que ela tirou a roupa na edição comemorativa.



O ensaio, realizado em Trancoso, sul da Bahia, ficou a cargo do fotógrafo Bob Wolfenson, com produção de Ariani Carneiro e textos do parceiro de trabalho, Miguel Falabella, e do saudoso escritor João Ubaldo Ribeiro, que recorreu e adaptou os versos do poema bíblico Cântico dos Cânticos, de Salomão, para descrever a nudez de Cissa:


"Quão bela és, amiga minha. 

Que encanto és! 

Os teus olhos são pombas. 

A uma das éguas do faraó eu te comparo, amada minha! 

Teus lábios são um fio púrpuro, e graciosa é a sua boca. 

Teus peitos são duas corças gêmeas, que entre lírios alvos se apascentam. 

Toda bela és tu, amada minha e não há defeito em ti.

Qual é o teu amado, entre tantos que te querem, sendo tu a mais formosa das mulheres?

Qual é o teu amado, em meio a tantos que por ti se perdem e perdem-se por ti?

Quem é essa que vem transfeita em aurora, linda como a luz, resplendente como o céu, terrível como um batalhão armado?

A tua concha é uma taça arredondada na qual jamais faltará o doce vinho."


Na capa, o clássico close, decisão acertada, já que Cissa ostenta lindos olhos azuis. Apesar de ser um ensaio bem curto, são 11 fotos apenas, ela estava linda, no auge dos seus 37 anos. Em um clima brejeiro, Cissa foi clicada em uma das tradicionais casinhas coloridas, com estilo rústico do vilarejo de pescadores, feita de madeira e coberta de palha. Bem à vontade, ela usou um jeans rasgado e uma camisa de botão solta, exibindo seus pequenos e belos seios.



Na sequência, sentada em uma cadeira de madeira e coberta apenas por um blusão de lã azul, Cissa encarou as lentes de Bob com seus olhos claros, seduzindo o leitor. Em seguida, tendo o corpo vestido apenas com o blusão, soltou aquele sorriso escancarado, sua marca registrada. Como bem descreve Miguel Falabella no texto que escreveu especialmente para ilustrar o ensaio: “Ela consegue ser, ao mesmo tempo, a garota da porta ao lado, com um jeito risonho e jeito sapeca, e a diva perigosa que põe fogo no mundo com um único olhar. E que olhar!”.



Na outra parte do ensaio, Cissa aparece mais sensual que nunca à beira do mar, com um collant branco que, molhado, deixava revelar as suas curvas mignon, quase adolescentes, mas combinadas com o olhar desafiador de mulher. Ao pôr do sol, Cissa mergulhou na água, em uma nova sequência de fotos onde encara o leitor, desafia, convida. Para finalizar, posou ao lado de uma grande rocha, adornada pelas palavras do mestre João Ubaldo Ribeiro, e em meio às raízes externas do manguezal, em uma belíssima foto em preto e branco.


Além do ensaio, está edição é sempre lembrada por um fato curioso. A caminho da sessão de fotos, em uma das praias de Trancoso, o carro da equipe atolou com lama até a altura da porta. Com muito bom humor, Cissa não teve dúvidas: nua, pronta para fotografar, saiu do carro assim mesmo. Com o roupão na mão, por cinco horas, ajudou a equipe a tirar toda a lama com copos plásticos descartáveis.


Não poderíamos esquecer, claro, que Cissa, nos tempos do Vídeo Show, era carinhosamente chamada por Miguel Falabella de “a garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia”, apelido que também estampou a sua chamada de capa. Sobre isso, o próprio Miguel escreveu em PLAYBOY:


"As pessoas me perguntam e eu não se responder: quando e por que resolvi dar a alcunha pela qual ela ficou conhecida em nosso programa? Não sei. O que eu sei, é que a coisa pegou a garota que quebra o coco e não arrebenta a sapucaia. Para ser franco, não sei sequer o significado - nunca vi uma sapucaia na vida mas, olhando para as fotos da Cissa que ilustram essa matéria, vejo que nada vem por acaso. Cissa, sem dúvida alguma, arrebenta o coco com sua sensualidade alegre e desinibida, porque tudo nela é uma explosão. Os seus mistérios vêm do riso, da fantasia, das celebrações cotidianas. Agora, temos Cissa de corpo inteiro, pronta para a vida, apontando o futuro com aquela boca de desenho sedutor. Mais uma explosão. Finalmente sabemos onde reside o mel da sapucaia ele está por toda a parte do corpo de Cissa nas curvas, na pele, saindo dos poros e arrebentando tudo com a aquela força oculta que as grandes mulheres têm. Não resista, leitor. Entregue o coco, ela vai arrebentá-lo de qualquer maneira."



Nós também nunca vimos uma sapucaia, mas temos certeza que Cissa arrebatou a todos com esse ensaio.


EDIÇÃO ARIANI CARNEIRO PRODUÇÃO SELMA SIMBOL E FLORISE OLIVEIRA


Obs: Essa edição despiu mais uma das Irmães Rammé, Josie Rammé, e detém a seção “Coelhinhas” que mais revelou capas para a PLAYBOY: Regininha Poltergeist, Sônia Lima, Rosana Muniz, Andréa Guerra, Mônica Fraga e Adriane Galisteu.

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