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ADRIANA ESTEVES | MAIO, 1991



A gatíssima Patrícia de Meu Bem, Meu Mal conta o que acha de drogas e aborto e revela seu hábito de andar nua pela casa, sua primeira vez e até como dorme


POR MARA CABALLERO

FOTO NANA MORAES


Rosto de boneca, corpo de ninfeta, olhos translúcidos e, principalmente, o insuspeitado talento para uma atriz de sua geração. Ela é Adriana Esteves, a bela Patrícia de Meu Bem, Meu Mal, novela das oito da Globo. Adriana é uma das raras surpresas boas mostradas pelo teledrama que, de bem, parece ter apenas o nome: a novela amarga baixos índices de audiência e um elenco burocrático, que não emplaca. Não é o caso de Adriana, que viu seu terceiro personagem na TV crescer em importância e popularidade.


Esta gatinha de 21 anos, porém, não se deixa envolver pela ilusão do sucesso fácil e já começa a perceber que é muito mais uma atriz dramática que comediante, como pensava no início da carreira. O que não impede que a decidida carioca veja no ator Guilherme Karan um de seus ídolos. Filha de médico (com pendores de escritor) e artista plástica, Adriana foi criada num ambiente liberal e sem rodeios. "Tanto que nem sou mais tietada do que minhas duas irmãs", afirma. Independente e confessadamente obsessiva, ela vive com intensidade o papel de Patrícia. A prova é que morre de ciúme quando vê uma cena de seu amado Ricardo (José Mayer) com a rival Isadora (Sílvia Pfeiffer). "Estou muito dentro deste personagem — e luto por ele com todas as forças" diz.


Casada, nas próximas férias viaja com o marido, um professor de jizt-jitsu, para a Europa e Bali. Pretende fazer, ainda, um curso de interpretação de três meses em Nova York e diz ter descoberto que "o fundamental não é ser bonita", um estribilho já gasto, mas que na boca de mulheres lindas como Adriana fica muito charmoso. O naturalíssimo charme dela você confere na foto ao lado e nesta entrevista dada à jornalista Mara Caballero:





1. Como você chegou na Globo? Eu era modelo fotográfico e fazia comerciais de TV. Fui, então, convidada a apresentar um programa de variedades na TV Bandeirantes. Daí, o Boninho [diretor de musicais da TV Globo], que eu já conhecia, me chamou para um teste no Domingão do Faustão, que não vingou. Quando já estava desistindo, a Cristiana Oliveira me avisou que procuravam atrizes para a novela Top Model. Foi na época em que ela começava na Kananga do Japão, na Manchete. Consegui e deslanchei.


2. A história do tal "teste do sofá", então, é lenda? Acho que sim. A TV precisa de talentos, e não sei se talento se acha no sofá. Competência e sexo são coisas diferentes. É um fantasma que algumas pessoas inventam, porque, se não for talentosa, dança rapidinho.


3. Na novela Meu Bem, Meu Mal, a Patrícia, seu personagem, transa com um homem bem mais velho. Você já teve esta experiência? Nunca. Sempre namorei rapazes da minha idade, ou mais novos. Pensando bem, nem foram tantos assim: quatro, se eu contar o atual, que é meu marido. Ele é a exceção: tenho 21 anos e ele...25! [Risos].


4. Você já namorou um surfista radical, em Top Model. Eles fazem sua cabeça? Gosto de gente viva, com bom astral, já namorei surfistas. As pessoas tendem a rotulá-los, mas eles viajam o mundo todo, sabem várias línguas, vivem sob o sol. E quer energia mais bonita do que a do sol?


5. Um dos seus pequenos papéis foi na minissérie O Aborto. Qual sua opinião sobre o assunto? Já fez algum? [Taxativa] Nunca! É um assunto delicado, cada caso é um caso. Sei que não posso ser radical, mas nasci para ser mãe. Não agora, porque pode ser um corte na minha profissão, se bem que acho a maternidade um sinal de maturidade que, na hora certa, certamente vai beneficiar minha carreira.


6. O que você acha das drogas? É uma ilusão. Alguns começam pensando que é algo benéfico, mas acabam tornando-se dependentes. A droga, qualquer uma, arruína.


7. Seu marido, Totila Jordan, é professor de jiu-jitsu. Você já levou algum golpe dele? [Risos] Não, e também nunca lutei. Não gosto. As mulheres lutadoras que me desculpem, mas acho um esporte muito bruto.


8. Como foi sua primeira vez? Não vá dizer que você casou virgem... Casamento, para mim, é uma palavra. O "casamento" mesmo começa com a vida sexual da pessoa. Há um momento em que as meninas pensam muito na primeira vez. É por isso que, às vezes, elas se decepcionam. Só posso dizer que, comigo, foi com a pessoa que eu quis.


9. Você costuma andar nua? Desde criança. Mas era aquela brincadeira de sair correndo pela casa antes de entrar no banho, com minha mãe gritando atrás: "Menina, os vizinhos vão te ver!" O problema é que peguei o hábito, e agora é meu marido que grita a mesma coisa. [Risos.]


10. Por fim, para prender a respiração dos leitores, como você dorme? De camiseta de malha e...com o barulhinho do ar-condicionado!


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