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FLÁVIA MONTEIRO | MAIO, 2005


A espera valeu

A ex-ninfeta tirou a roupa e mostrou que virou um mulherão


FOTOS LUIS CRISPINO


Flávia Soares Monteiro, atriz de teatro, TV e cinema, despontou para o estrelato ainda nos anos 80, em sucessos como Vale Tudo, Salomé e Éramos Seis. Interpretou, também, por 4 anos, a doce professorinha Carolina na novela infantil Chiquititas. Encantava crianças e seduzia papais Brasil afora.



Sedução era um poder que ela exercia de forma magistral, como no polêmico longa A menina do Lado, no qual, aos 14 aninhos, interpretou uma adolescente que seduz seu vizinho quarentão, papel de Reginaldo Faria. No ano seguinte, PLAYBOY publicou um entrevista com foto e, como não deixaria passar incólume a ninfeta mais desejada naquele momento, mesmo sendo menor de idade, a convidou para posar. Convite este que durou mais de 15 anos. Até que em 2005 ela finalmente foi capa. "Só agora eu me senti preparada para fazer. Estou em outro momento da vida e da carreira. Estou me sentindo mais madura, segura e pronta", confessa.



Ela decidiu sozinha aceitar o convite, como conta: "Tudo na minha vida quem decide sou eu e assumo todas as responsabilidades pelas minhas escolhas, mas é claro que antes das decisões, acho importante discuti-las com as pessoas em que confio, até mesmo para ter certeza absoluta de que eu estou certa daquilo", e completa: "Estar solteira nesse momento tão importante da minha vida, com tantas mudanças e tanto trabalho, é muito bom. Não corro o risco de ciúmes, preconceito e problemas com quem amamos, assim posso me dedicar intensa e exclusivamente à minha vida e carreira".


PLAYBOY comemorava 30 anos no Brasil. E logo após despir Luma de Oliveira (pela 5° vez) e Bárbara Borges, Flávia surgiu como uma bela surpresa em Maio. Aos 32 anos, com 1,60m de altura, 46kg de peso, 86cm de busto, 62 de cintura e 86 de quadril, a atriz posou nua em ensaio ambientado em um teatro: “É onde me sinto segura, onde posso ser várias mulheres e me desnudar por inteiro”.



Completamente nua, já na capa, Flávia, agachada sobre um espelho com expressão deliciosa, inspirada, carregada de excitação, convida o leitor a abrir a revista pra ver o que só o espelho viu.  O ensaio, de 18 páginas mais pôster, foi clicado por Luis Crispino e buscou inspiração no filme Dogville.



Durante dois dias, o palco de um teatro em São Paulo, com poucos elementos de cena, foi utilizado como locação. Uma atriz nua desinibida e sem platéia, cabendo ao leitor ser testemunha da transformação de ninfeta/lolita em mulherão, neste show de beleza e sensualidade: Celebrando (seus) prazeres, nos encarando forma libidinosa e até penteando seus pelos púbicos.



Apenas um espelho, uma janela de madeira suspensa, um sofá ou uma penteadeira, formam ambientes; além disso, revistas e livros antigos, perfumes e taças foram utilizados; tudo com luz de cinema para dar mais requinte ao trabalho. E Flávia garante que adorou ter feito o ensaio: "no palco ajudou muito, por isso a minha escolha de fazer em um teatro. Não posso esquecer que sou uma atriz e não há lugar onde a gente se sinta mais em casa e segura do que no palco, onde podemos tudo, não existe preconceito, vergonha, insegurança ou medo; e é onde podemos arriscar e enlouquecer sem problemas e críticas".



Com relação ao resultado do trabalho ela comemora: "O Crispino é um fotógrafo muito talentoso, elegante e, principalmente, muito sensível e isso faz toda a diferença". Uma espera que valeu muito a pena e que, como todo bom espetáculo teatral, deve ser aplaudida de pé.

 


EDIÇÃO ARIANI CARNEIRO PRODUÇÃO EXECUTIVA SUSANNE SASSAKI

CENOGRAFIA WANDERSON VIEIRA E EDUARDO SILVESTRE SYLING FÁBIO PAIVA

E ARLINDO GRUND CABELO ROGÉRIO MAGALHÃES MAQUIAGEM LILI FERRAZ TRATAMENTO DE IMAGEM SÉRGIO PICCIARELLI



Resenha enviada pelo leitor Edvan Melo.

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